As pessoas confundem autoamor com egoísmo.
O autoamor é uma valorização do nosso lado bom é uma superação do nosso lado ruim.
Questão 919 L.E.
"Conhece-te a ti mesmo"
Esta frase é atribuída a Sócrates, mas não é dele. Quando Sócrates foi ao santuário de Delfos pela primeira vez, ele encontrou no pórtico da entrada do templo de Apolo essa inscrição, e no mesmo instante percebeu que essa era a solução para os problemas e trouxe para a sua filosofia ateniense.
Hoje o "conhece-te a ti mesmo" é o autoamor, é uma viagem introspectiva onde podemos verificar as nossas possibilidades, as nossas deficiências e principalmente empenhamo-nos em sermos melhores hoje do que ontem e amanhã melhor que hoje.
Isso é autoamor!
Quem não se ama, não pode amar ninguém. Analise a filosofia de Jesus.
Ameis uns aos outros como vos tenho amado. Amai a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Para que o indivíduo possa amar ao próximo como a si mesmo, primeiro terá que se amar para depois amar ao outro, para amar a Deus.
"Se vós não amais o que vedes, como amarás ao meu Pai que nunca viste".
Se um ser não amar a si mesmo, que se conhece, como poderá amar uma pessoa desconhecida?
poderá ter paixão, desejo, poderá projetar sua imagem frustrada, querendo que o outro seja aquilo que não consegue ser e isso não é amor.
Quando nos amamos, conhecemos nossos limites, então toleramos os limites do outro. Somente quando nos amamos podemos amar a outrem com fidelidade e paz.
Hoje o amor é negócio, eu te amo para que me ames, eu te dou para que me retribua. Na verdade é um jogo de interesses.
O amor pode ser comparado a um perfume. Sentimos um perfume e não sabemos de onde vem.
Quando ficamos num lugar perfumado, ficamos impregnados, então a proposta é amar-se, considerando suas deficiências, perdoar-se, pois é uma criatura humana, tem o direito de errar.
Assim poderá olhar o outro como alguém que merece nossa estima, depois consideração e por fim o afeto. Se for recíproco ótimo, caso contrário, paciência, porque o amor é muito bom para quem ama e não para quem é amado.
Quando se ama, tem adrenalina, quando se é amado é psicologicamente infantil. Experimentemos amar sem exigência, experimente, tente.
A única solução para os problemas do mundo é o Amor.
O ser humano tem uma dificuldade muito grande de perdoar, pois tem uma constituição muito egoísta, pois o autovalor é tão grande que não admitimos que ninguém nos faça qualquer reparo e como nós preservamos mais a imagem do que o self (realidade), mais o ego que o eu profundo.
Qualquer coisa desagradável que aconteça, vem o ressentimento, então teimamos em não perdoar e ficamos infelizes.
O perdão é tão bom para quem perdoa porque o desalgema daquele que o ofendeu.
Enquanto houver ressentimento, haverá a ligação com a pessoa e isso gera situações embaraçosas.
Temos dificuldade de perdoar, porque temos uma proposta de perfeição que muitas vezes está longe daquela pessoa.
O perdão é terapêutico!
É necessário aprender a desculpar, para logo após perdoar, pois já desculpamos.
Muitas vezes temos uma vida artificial, pois temos uma preocupação tão grande com o que o outro pensa que acabamos esquecendo de pensar naquilo que nos faz feliz.
Isso é questão de educação, quantos pais escolhem a profissão do filho por ser mais rendosa ou então porque o pai queria ser e como não pôde frustrou-se, então transfere para o filho.
Poucos deixam os filhos livres para fazerem o que realmente gostam.
O mesmo acontece nos relacionamentos, damos à sociedade aquilo que nos convém e esquecemos aquilo que é melhor para nós.
E assim colocamos uma máscara!
Se o indivíduo mostrar ao outro o que realmente é pode ser que o outro receba um choque, pois poderá fazer dele uma imagem que não corresponde.
Aí vem a "persona", pois tem que fingir ser aquilo que esperam dele, pois a sociedade é exigente.
Quando o indivíduo tiver a liberdade de ser aquilo que realmente é, sem agredir ninguém, sem quebrar os padrões, será aceito por si mesmo e não pela aparência que possui.
Naturalmente os conceitos mudam.
Um ser pode ser um crápula, mas se for rico está desculpado, porque é socialmente aceito.
No intimo ninguém gosta dele, mas como há interesses recíprocos, ele passa a ser aplaudido.
Se fosse deixado de lado por sua conduta irresponsável, ele mesmo iria sentir-se mal por sua postura e quem sabe trabalharia para se melhorar e assim ser aceito.
Respeito é um ato de amor, quando ele se perde o amor fica cambaleante, pois quando amamos não magoamos.
Amar realmente é ter o lado romântico e poético, mas sabe que o outro também é humano, surge aí a cumplicidade.
Amor não é cego!
Cego é o desejo, pois desejo é meta, é uma função biológica, que leva a perda do senso.
O amor desvela. Auto-amor é muito diferente de egoísmo.
O egoísta é um ser mesquinho, deseja apenas a satisfação de todos seus caprichos, não leva em consideração as necessidades do próximo.
O auto-amor é um sentimento nobre que eleva a criatura. Quem se ama procura descobrir o que pode fazer, não se permitindo agir apenas como lhe agrada, auto-amor é busca de felicidade espiritual e superação de tendências infelizes. Auto-amor é se resguardar das tensões e sensações desgastantes,
preservar-se de emoções violentas, buscar o equilíbrio físico e espiritual.
Uma conduta mental e moral e o combate aos vícios e más paixões, está completamente ligado a reforma íntima, que se inicia com a auto-avaliação e a principal consequência é a mudança de atitudes, substituindo maus hábitos por gestos positivos, construtivos que favorecem a harmonia e a paz.
Palavras fundamentais são : Recomeço, Coragem, Disciplina, Fé, Esperança e Vontade.
Recomeçar quando errar
Coragem para enfrentar suas fragilidades
Esperança e Fé para quando estiver abatido
Vontade e Disciplina para perseverar
Evangelho S.E. cap 11
L.E. questão 919
Palestra Divaldo Franco